Classificação de Materiais: Tipos ou critérios - PARTE I
- Ana, Dalcia e Fernanda
- 3 de abr. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 5 de abr. de 2018
Saiba quais são os tipos e critérios para a classificação de materiais.

Os materiais, necessários à manutenção, aos serviços administrativos e à produção de bens e serviços, formam grupos ou classes que comumente constituem a classificação de materiais.
Podem ser classificados de diversas formas, seja em relação à sua aplicabilidade dentro da organização, ao tempo de duração ou a outro critério desejado.
Um dos aspectos mais importantes é a simplicidade, objetividade e concisão dos dados gerados e permitir um fácil acesso e rapidez na pesquisa (FERNANDES, 1981).
Principais tipos classificação de materiais
No total, há 8 tipos de classificação de materiais, que são determinados em função das informações gerenciais desejadas pelo gestor de materiais. São eles:
Possibilidade de fazer ou comprar
Por demanda
Por aplicação na organização
Por periculosidade
Por perecibilidade
Por importância operacional – a classificação XYZ
Por valor de demanda – a classificação ABC
Material permanente versus material de consumo
Hoje falaremos sobre os 3 primeiros: possibilidade de fazer ou comprar, por demanda, por aplicação na organização.
1. Possibilidade de fazer ou comprar
Objetivo: dar informação sobre quais materiais poderão ser produzidos internamente pela organização e quais deverão ser adquiridos no mercado. As categorias são:
materiais a serem produzidos internamente;
materiais a serem adquiridos;
materiais a serem recondicionados (recuperados) internamente;
materiais a serem produzidos ou adquiridos (depende de análise caso a caso pela organização).
Há duas estratégias possíveis para produzir ou adquirir um item de material no mercado. São elas:
VERTICALIZAÇÃO: que tem como vantagens a independência de terceiros, maiores lucros e manutenção de segredos sobre tecnologias próprias. Já as desvantagens são a perda de flexibilidade (a empresa fica “engessada”) e a necessidade de maior investimento (maiores custos).
HORIZONTALIZAÇÃO: as vantagens são a garantia de flexibilidade à empresa e os menores custos (não há despesa na criação de estruturas internas). Em contrapartida, as desvantagens são a perda de controle tecnológico, a dependência de terceiros e os lucros menores.
2. Por demanda
É uma classificação bastante utilizada nas empresas, que divide-se em materiais não de estoque e materiais de estoque.
MATERIAIS DE ESTOQUE: são materiais que devem sempre existir nos estoques para uso futuro e para que não haja sua falta são criadas regras e critérios de ressuprimento automático, com base na demanda prevista e na importância para a empresa. Os materiais de estoque se subdividem ainda:
- Quanto à aplicação (Materiais produtivos, Matérias primas, Produtos em fabricação, Produtos acabados, Materiais de manutenção, Materiais improdutivos ou Materiais de consumo geral);
- Quanto ao valor de consumo (materiais de grande, médio ou baixo valor de consumo);
- Quanto à importância operacional (materiais de aplicação não importante, de média importância ou de importância vital).
MATERIAIS DE NÃO ESTOQUE: São materiais de demanda imprevisível para os quais não são definidos parâmetros para o ressuprimento. São utilizados imediatamente, ou seja, a inexistência de regularidade de consumo faz com que a compra desses materiais somente seja feita por solicitação direta do usuário, na ocasião em que isso se faça necessário. O usuário é que solicita sua aquisição quando necessário. Devem ser comprados para uso imediato e se forem utilizados posteriormente, devem ficar temporariamente no estoque.
3. Por aplicação na organização
Materiais de consumo geral: materiais que a empresa utiliza em seus diversos setores, para fins diretos ou indiretos de produção. Materiais de manutenção: materiais utilizados pelo setor específico de manutenção da organização.
Matéria-Prima: substância que toma parte no processo de produção, incorporando fisicamente o produto final.
Produto Intermediário ou em Processo: produto que tomará parte no produto final, sem que haja alteração em suas propriedades físicas ou químicas.
Produto Final ou Acabado: produto que representa o objetivo final da organização, estando pronto para a comercialização.
Material Auxiliar: material utilizado no processo de fabricação/produção, sem que se incorpore ao produto final.
Veja do que se tratam os próximos atributos na PARTE II deste texto.
Referências:
ENAP. Gestão de Materiais.
Disponível em: <http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/2268/1/Enap%20Did%C3%A1ticos%20-%20Gest%C3%A3o%20de%20Materiais.pdf>. Acesso em: 27 mar. 2018.
FERNANDES, José Carlos de F. - Administração de Material. Rio de Janeiro: Livros Ténicos e Científicos S.A., 1981.
MENDES, K. G. L.; CASTILHO, V. Determinação da importância operacional dos materiais de enfermagem segundo a Classificação XYZ. Revista do Instituto de Ciências de Saúde, v. 27, n. 4, p. 324 – 329, 2009.
O administrador moderno. Disponível em: <http://oadministradormoderno.blogspot.com.br/2011/11/classificacao-de-materiais.html>. Acesso em: 27 mar. 2018.
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